12 de janeiro de 2016

O Duque e Eu [Resenha]

Prometi manter o blog atualizado o máximo possível em 2016, e entre minha maratona de Oh My Venus me deparei com romances históricos de tirar o folego. Saindo um pouco da proposta inicial do blog trouxe a resenha do primeiro livro da serie Os Bridgertons : O Duque e Eu.

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Humor sagaz e personagens que valem a pena se apegar. Desde o inicio de O Duque e Eu mostrou-se longe de ser apenas um romance histórico simples, a começar por seus personagens. No primeiro livro da serie, além de sermos introduzidos a famosa e numerosa família Bridgerton, e percebermos que iremos nos apegar a cada um dos 8 filhos e a dedicada matriarca do clã, acompanhamos a epopeia de Dapnhe, a mais velha das meninas, em busca de um marido. De longe podemos ver que Julia Quinn humanizou a personagem. Daphne não era revolucionária, que desejava a solterice, queria casamento e filhos - entretanto, queria que fosse com alguém que pudesse amar - só que Daphne é como muitas mulheres de hoje em dia, tão inteligente e de humor sagaz que os homens a consideram apenas uma amiga, até o Duque de Hastings dar o ar da graça.

"Os Bridgertons são, de longe, a família mais fértil da alta sociedade. Essa qualidade da viscondessa e do falecido visconde é admirável, embora se possa dizer que suas escolhas de nomes para os filhos sejam bastante infelizes. Anthony, Benedict, Colin, Dapnhe, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth. É claro que a organização é sempre algo benéfico, mas seria de se esperar que pais inteligentes fossem capazes de manter os filhos na linha sem precisar escolher seus nomes em ordem alfabética". (p. 15)

Simon, é um heroi muito tipico dos romances. Rico, bonito e atormentado, porém, ele não maltrata e subjuga a nossa mocinha. Simon a respeita e venera a personalidade unica de Daphne. O ponto alto do livro é como o relacionamento de ambos vai avançando a medida que os sentimentos afloram, além dos princípios e temores de Simon, a relação de amizade que ele mantem com Anthony torna ainda mais crível todos os acontecimentos que envolvem O Duque e Eu, afinal, qual cara teria coragem de cortejar a irmã do seu melhor amigo?

- Que diabo você pensa que está fazendo? – sibilou ela.
Protegendo minha irmã!
Do duque? Ele não pode ser tão perverso assim. Na verdade, ele me lembra você.
Anthony soltou um gemido.
Então ela realmente precisa da minha proteção.

Posso afirmar que O Duque e Eu foi um dos livros mais engraçados que li ultimamente, Julia Quinn tem uma narrativa rápida e de humor muito ácido, que ela soube coroar ao plantar no enredo a afiada Lady Whistledown, o pseudônimo adotado por alguém para alfinetar a alta sociedade londrina. Tal personagem vai aparecer, e muito, nos demais livros da serie, e terá uma grande importância para a família Bridgertons.

"Dizer que os homens podem ser teimosos como mulas seria um insulto às mulas".
Crônicas da sociedade de Lady Whistledown, 4 de junho de 1813

Para concluir O Duque e Eu foi um dos poucos livros que conseguiu capturar minha atenção imediata, levando-me por uma avalanche de emoções com seus personagens. Tenho certeza, que Jane Austen deve estar muito feliz de ver a influencia positiva que teve em autores como Julia Quinn. O Duque e Eu poderia ser mais um romance de época, se não fosse, incrivelmente, único.


Então é isso pessoal
Um bom começo de ano e muitos beijos de luz!

Um comentário:

  1. Aeeeeeeeeee que lindo ver você voltando a resenhar, e estreando resenha literária! E o que dizer de Julia Quinn, uma das minhas autoras favoritas há anos! Adoro o humor e perspicácia dos personagens, e a família Bridgerton é absolutamente MARAVILHOSA! Me apeguei tanto, mas tanto! O duque e eu é MTO boooom, e lembro de rir muito dos Bridgertons tentando proteger a Daphne, e no final do livro passei raivinha básica com o Simon mas nada que algumas páginas não resolvessem. Espero que não seja como eu - que postou apenas resenha do primeiro livro - e continue postando sobre os livros da série!

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