Last Cinderella (J-Drama)

Para o mundo! Ana Paula comentando drama japonês? Sim pessoas cheirosas, depois de muito tempo um drama japonês me conquistou e fez devorar os episódios em três dias mesmo tendo uma temível prova de cálculo III no meio.

(Shinohara Ryoko, Miura Haruma, Fujiki Naohito, Otsuka Nene, Iijima Naoko) Ano : 2013

Sakura  é uma mulher solteira de 39 anos de idade. Ela trabalha em um salão de beleza como vice-gerente. Sakura faz com que seus clientes fiquem bonitos, mas ela não está interessada se embelezar. Um dia, em uma festa, Sakura encontra Hiroto , que é muito mais jovem do que ela. Hiroto fica atraído (por intensões obscuras) por Sakura. Enquanto isso, Tachibana é o gerente de um salão de beleza onde trabalha Sakura, e seu melhor amigo/inimigo... será só isso?

A história não é inovadora e se formos pensar bem, ultimamente estou na vibe tiazona e garotão, e a cada drama essa temática parece diferenciada porém, pela primeira vez, fizeram um garotão com personalidade de garotão e uma tiazona baranga, com perfil de tiazona com 40 anos...

Eu AMEI a Sakura, com suas as roupas largadas, cabelo embaraçado e os momentos de vergonha alheia. Sakura era tão normal mas ao mesmo tempo tão única que é impossível um cara não se apaixonar quando a conhece melhor. Eu me achei tão Sakura em todo o drama, que estava lá concordando contudo, sofrendo como ela, apaixonada como ela e tão dividida entre aqueles homens como ela. Não mudaram-na no decorrer da história, nem fisicamente muito menos psicologicamente, Sakura já se amava antes do Hiroto e continuaria sendo ela muito depois de conhecê-lo.

Hiroto, o garotão. Finalmente um garotão, imaturo, que se aproveita da beleza, tem um hobbie de adolescente, vivendo a vida sem algo que o prendesse emocionalmente a ninguém. Ele que muda na história, não nossa prota divônica. Hiroto aprende a amar e a seguir em frente, sem deixar de ser um pouco imaturo e medroso, como qualquer cara com 24 anos.

Tachibana, meu amor... minha vida... meu tudo! Sim, adorei aquele jeitão justiceiro solitário das tesouras, negando seus sentimentos por medo de sofrer de novo. Tachibana era o amigo gente boa que não passa a mão na cabeça, que implica com os defeitos estéticos mais aparentes, briga superficialmente e fala bobagem até tarde acompanhado de uma cerveja. Na minha concepção o homem que realmente entendia a verdadeira Sakura, que aceitava aquela baranguice e velhice precoce dela de braços abertos e ria.

Eu não vou falar especificamente do casal e sim do triangulo amoroso, porque isso que tornou o drama tão bom. Primeiro, Hiroto conquistando a Sakura, mesmo que através de mentiras, e sendo envolvido pela marotice diferente dela. Juro, eu demorei a sentir química entre eles, porque o relacionamento com o Tachibana parecia bem mais real : as conversas, as atitudes e tudo que eles já tinham passado juntos. O Hiroto é como um intruso, que trás o desejo de amar de volta tanto na Sakura (por ele) e no Tachibana, que acorda pra vida e percebe seus reais sentimentos pela nossa prota. Não é questão de preferi um ou outro, afinal ambos mereciam a Sakura.

O ponto fraco, ou que não me desceu, foram os relacionamentos das amigas da Sakura, não exatamente elas, porque a amizade era engraçadíssima, mas sim, meter aquele marido da Miki na história, por favor. E dai que ele estava desestabilizado emocionalmente? Ele traiu a mulher sim, porque mesmo não tendo sexo a vontade estava presente. No final isso foi esquecido, perdoado e todo mundo seguiu em frente. O "bom" de ter aguentado essas cenas inadmissíveis entre a Miki x Marido-pamonha foi ele ter aprendido com os erros, valorizado a mulher incrível que tinha e se empenhado em faze-la feliz. E óbvio, isso não ter afetado a amizade entre a Miki e a Shima, mesmo que um pouquinho, demonstra o quanto os asiáticos são mais avançados que nós, se fosse novela mexicana (ou brazuca) tinha rolado tapa, choro e se bobiar alguém acabava por rolar escada abaixo...

Diferente de muitas resenhas eu não achei a Sakura boba, eu a achei diferente do esteriótipos que estamos tão acostumados para essa temática, a mulher mais velha toda poderosa e grossa com todos, super experiente nos relacionamentos que faz o garotão sofrer por optar pelo cara mais velho e financeiramente estável, hello people, o mundo não é assim, é isso que Last Cinderella tentou mostrar, creio que o drama pecou em não se aprofundar na personalidade do Hiroto, que ficou superficial comparado a Sakura e o Tachibana, prejudicando-o de uma maneira geral com o público. Por fim, eu entendo que não colou muito aquela história da Sakura trabalhar em um salão de beleza e não se arrumar mas, vai dizer que mesmo daquele jeito a bicha não era mais bonita que todas as outra atrizes que surgiam "produzidas"...?

Não falei da quenga da história, do pessoal do salão, do amigo purpurinado do Tachibana, do Yamamoto fazendo uma ponta como host, da mãe divônica do Tachibana, do grande "drama" do drama... não falei de muitas coisas porque Last Cinderella é tão rapidinho que nem sobra tempo pra se aprofundar em tudo isso. Só assistam e se preparem para rir horrores com um drama leve e sem grandes pretensões e, porque não, ficar tão em dúvida quanto a Sakura?!

Na ásia não é preciso ser nova, alta, loira dos olhos verdes para ser a Cinderela... aceita povo!

Não teve barba-sexy mas teve homem lindo com cabelo preso...

jogada na br...

Não falei da pegação hard entre os protas...
e da bundinha do Miura...

emocionada...

Antes de dar tchau, vamos ouvir essa ost foférrima?

Até pessoas!