Iljimae (K-Drama)

Bom pessoal, sabe aquele drama, filme ou seriado que você começa pensando que uma coisa e acaba por ser completamente diferente? Esse é o caso de Iljimae, e, realmente, adorei essa surpresa.

(Lee Jun Ki, Park Shi Hoo, Lee Young Ah, Lee Moon Shik, Han Hye Joo) Ano:2008

 Ryung é uma garoto engraçado e inteligente que após descobrir a verdade sobre seu passado encarna Iljimae, um ladrão que rouba dos ricos e poderosos para distribuir aos pobres, que busca vingança contra os assassinos de seu pai e para o povo injustiçado de Joseon. 

Eu teria me envolvido com esse drama o dobro se não estivesse assistindo junto com That Winter, the Wind Blows. Para quem procura um romance aos moldes de Faith ou The Princess's Man, sinto desapontar. Iljimae é puramente ação, envolvendo muito tramas e conspirações onde o romance ficou bem escondido, porém a outro tipo de amor bem retratado : pais e filhos, biológicos ou não.

Ryung / Lee Geom ou Iljimae foi um docinho. Como eu ri com esse menino. Ryung não era daqueles vingadores que sofrem. Ele tentava levar da melhor maneira toda aquela vida de dor e perdas, mesmo pagando de arruaceiro durante o dia para ninguém desconfiar, era um fofura, que não ficava chorando pelos cantos e se fazendo de vítima. Com certeza, um dos melhores protagonista que eu já vi em dramas. Nunca tinha assistido nenhum trabalho do Lee Jun Ki, mas com certeza toda vez que ver esse belos olhos vou lembrar do hilário Ryung.

O Shi Hoo, ou Ja Dol, era o sofredor da bagaça, como era triste a vida desse ser humano. Abandonado pela mãe, mal tratado pelo "pai", humilhado pelo "irmão", além de amar secretamente a "irmã". Por deus, era muita dor pra pouca pessoa, tadinho, só queria ser reconhecido e ter sucesso. Shi Hoo era meio-irmão do Ryung e, incrivelmente, ele tornou-se o meu favorito, pois eu gosto de um sofredor, blz? Posso dizer que o final dele foi uma surpresa muito boa e claro. Cês sabem que eu adoro o Park Shi Hoo.

Porém, o personagem que mais me marcou foi o Swe Dol, o pai de criação dos meninos. O amor de Swe Dol por eles me emocionou demais, não havia nada que esse pai não fizesse pelo bem de seus filhos. Apesar de sempre levar patada da mulher, continuou amando-a e vivendo sua vida com alegria. O que era esse dente, ou melhor, a falta dele? A trama fez um linda abordagem sobre o amor paterno, principalmente, pai de criação, dando uma pausa naquela velha frase 'o sangue fala mais alto', muito comum em dramas coreanos. Chorei, ri e emocionei-me com o Swe Dol.

Bong Soon é quase um estilo de vida, era decidida, engraçada e fazia o possível para viver bem com seu pai. Ela admirava o Iljimae e amava o Ryung, sinceramente, Bong Soon eclipsou a Eun Chae e teve muito mais destaque e importância na história. A personagem fez tanto sucesso que o povo começou a torcer para ela terminar com o Ryung, quem viu os episódio finais, com certeza surtou com os dois. Cá entre nós, o que foi a cena da luminária? Arco-iris saíram pelos meus poros.

A Eun Chae era um porre, provavelmente, porque eu achei a atuação da atriz fraquíssima comparada aos demais. Era boa demais, lerda demais. A personagem foi mais utópica do que a capa de invisibilidade. Não vou mentir que teve algumas cenas fofas entre ela e o Ryung, mas pra mim faltou um feeling pra engrenar de vez. Sendo bem sincera, as cenas com o Shi Hoo passaram mais emoção.

Gente, a yeppeo Dan Yi dividiu opiniões, mas era uma mulher sofrida e mal-tratada pela vida, que tentou fazer o melhor pelos seus filhos. Ela tentou dar uma vida boa para ambos, mas nem sempre os pais acertam, né verdade?

Os vilões foram pesados. O rei era a personificação da cobiça e maldade, capaz de sacrificar até mesmo o próprio filho para manter-se no trono, porém, mais maluco era o Sa Cheon, o braço direito do rei, que matava em seu nome e o considerava um Deus. Sa Cheon teve certa influência, como mestre do Shi Hoo, porém a corrupção dele não afetou o caráter no meu fofo. O final, principalmente do Rei, foi merecido.

A trama é basicamente o Ryung buscando descobrir quem realmente é culpado pelo assassinato de seu pai (biológico). Em diversos pontos, a história remete a City Hunter, até mesmo na parafernália toda que ele usava. O mais interessante é acompanhar todo desenvolvimento do personagem, até mesmo seu hilário treinamento. Para quem não gosta de conspirações e lutas, diga-se de passagem ótimas cenas, esse drama não é indicado, porque poderá ser enfadonho o blá blá blá da velharada ou até os grandes planos do Ryung. Em gosto pessoal, o drama cumpriu o que prometeu, com muito humor e uma pintadinha de drama.

O fato do Iljimae roubar para os pobres enquanto buscava a verdade foi uma grande sacada, tornando o drama mais dinâmico. É verdade que em certos momentos ele foi lento, ficou enfadonho o fato do Ryung jamais descobrir a verdade, porém o episódio sempre terminava deixando uma pontinha de duvida e a enorme vontade de já ir para o próximo. Por ser um drama épico, a diversos personagens que participam diretamente na trama, porém o post ficaria imenso, mas vale destacar o líder da gangue, o amigo sapateiro do Ryung e o pai da Bong Soon , além do 'irmão' do Shi Hoo, era um almofadinha irritante, mas me fez rir demais. 

O final é bem surpreendente, ou melhor, angustiante. É confuso no primeiro momento, pois não tem um fim bem definido como feliz ou triste, tudo vale da interpretação do telespectador, deixando em dúvida o futuro do heroi, rever as cenas iniciais provavelmente ajude a compreender bem o último ato mostrado de Iljimae. Talvez, meu gosto por romance tenha feito Iljimae não ser tudo isso pra mim, creio que o fato de estar tão envolvida com outro drama também pesou para deixá-lo um pouco de lado. Mesmo com todos esses poréns, Iljimae é bom, na verdade, ótimo, tendo grandes cenas de lutas, apesar da viajada nos efeitos especiais, e um protagonista cativante.

Vingança sempre da pano pra manta, ainda mais se o vingador for lindo.

Eu falei, alguém sempre termina com a barba sedução.

Para nossa alegria foi o Shi Hoo.

Então é isso, beijos, até a próxima!